Dia 02 de fevereiro, dia de Festa no Mar!!!





A festa de Iemanjá acontece desde 1923. Segundo alguns pescadores da colônia de Pesca Z1, eles passaram por um período de escassez de peixes, por causa de pescadores que ao puxarem a rede do mar encontraram a imagem de uma sereia a qual afirmaram ser de Iemanjá, a rainha do mar. A retiraram da rede e a levaram para igreja de Santana, onde rezaram uma missa, muito triste a sereia chorou e como castigo resolveu não dá peixes aos pescadores.

Então os pescadores fizeram promessas à Rainha das Águas pedindo a fartura, foram atendidos e suas redes cheias. Desde então passaram a homenageá-la, com uma procissão marítima, levando presentes feitos por eles e doados pelo povo que acreditava na sereia. A festa iniciou com um quantitativo de 25 pescadores. Moradores de toda a cidade, devotos ou não do Candomblé, aproveitam para dar seus presentes e agradecer as graças alcançadas, tornando-se uma das mais belas e tradicionais manifestações culturais da cidade do Salvador.

Representação de Iemanjá - Itaparica, fevereiro 2015


Nesta mesma região foi construída pelos pescadores, a Casa de Iemanjá, segundo s.r. Eustáquio, pescador e fundador da festa, os pescadores não estavam mais de acordo em pagar o dizimo a Igreja de Santana, em represaria o padre da época proibiu que a festa fosse realizada na igreja, então os pescadores decidiram que com o dinheiro do dizimo iriam fazer a própria festa de Iemanjá e construir uma casa para ela, a mesma foi construída em frente à sede da Colônia de Pesca Z1 e próxima a nova igreja de Santana, em 1924. Rompendo assim a relação de sincretismo entre o candomblé e catolicismo, hoje é um das festas onde a igreja católica não participa. 

Presente de Iemanjá Porto dos Santos - Itaparica, janeiro 2017


A festa tornou-se tão popular que recebe pessoas de diversos locais do país e do mundo. A festa tornou-se tradicional neste mesmo ano, mas foi em 1972 que a casa passou a ser chamada oficialmente de Casa de Iemanjá. A casa junto com a colônia de pesca Z1 foram reformadas em 2008, pelo artista plástico Ed Ribeiro, ele fez em suas paredes um mosaico de azulejos em homenagem a rainha do mar, com características marinhas, com imagens de Iemanjá, barcos e estrelas do mar. Já a escultura da sereia que fica localizada em frente à Casa de Iemanjá foi confeccionada em 1970 pelo artista Monoel Bonfim, feita em gesso e assentada sob um pedestal de concreto, revestido com aplique variados, como conchas e pedras portuguesas.





REFERÊNCIAS PESQUISADAS




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