N O S S A S E N H O R A D A P I E D A D E D E I T A P A R I C A
N O S S A S E N H O R A D A P I E D
A D E
Nossa Senhora da Piedade é mais que uma Santa padroeira da
Ilha de Itaparica, hoje dia 08 de setembro é comemorado no município de
Itaparica o dia da Padroeira Mãe e guerreira do povo itaparicano.
Em 06 de janeiro de 1823 nos dias finais da batalha de Itaparica
na Guerra da Independência do Brasil na Bahia que a fé e devoção se fortalece. Em
meados do século XIX existia um pequeno nicho da Santa onde as mães aflitas
devotavam sua fé e suas preces em busca de proteção para os guerreiros
itaparicanos que lutavam para expulsar as tropas portuguesas de toda a extensão
da Ilha de Itaparica.
A Santa era venerada e protegida pelo povo ilhéus, havia na
época um senhor que zelava pelo nicho de Nossa Senhora, na noite do dia 06 de
janeiro após orar e guardar a santa, a mesma desaparece. No final da tarde do dia
07 de janeiro, após 5 horas de tiroteio na praia da Ponta das Baleias, em
Itaparica, um escravo vai em busca do senhor DA HORA, zelador do nicho em busca
da chave do local para guardar a santa, pois encontrava-se aberto, embora o
mesmo havia fechado no dia anterior.
Surpresa! A imagem da Santa desaparece, seu zelador sai a sua
procura e em meio ao alvoroço após a expulsão dos portugueses, os combatentes
itaparicanos dialogam entre sim sobre o combate as tropas portuguesas onde uma
senhora aparece entre a tropa e faz “prodígios” em defesa do povo da Ilha.
– As balas caíam-lhe aos pés como se fossem atraídas por uma
força estranha”, seu nome era desconhecido, lutou sem descanso até os últimos
disparos das tropas inimigas, confirmavam todos! E assim, o velho zelador
concluí sem sombra de dúvidas, gritava: - Foi Nossa Senhora, a Senhora da
Piedade que nos defendeu!
Todos seguiram de imediato ao nicho para comprovarem o feito,
ele estava aberto, os heróis itaparicanos reconheceram nos traços da santa a
imagem da heroína da “Praia do Convento”. A imagem tinha seu manto sujo de
areia e tinha em seu semblante um ar de cansaço, dizia DA HORA, o zelador de
Nossa Senhora...
O nicho que pertencia a Armação das Baleias, início do século
XVII, do português João Francisco de Oliveira é transferido após a sua morte
para o Visconde do Rio Vermelho,. Sua edificação original data de 1854, com o
falecimento do visconde, em 1850, com a partilha de seus bens, seus herdeiros
mandam buscar em Itaparica a imagem da santa que encontrava-se sobre a guarda
do vigia do contrato, Inocêncio da Costa e Silva. E através das mulheres da
praia com a liderança de Maria Felipa a imagem é retirada do santuário e
guardada na Igreja Matriz (Santíssimo Sacramento), montando guarda juntamente
com pescadores, mantendo assim a santa protegida em terra itaparicana.
Em 1923 é reedificada pela professora Maria José Osório,
ampliou a igrejinha através de um terreno adquirido no Largo da Piedade, em 05
de janeiro de 1922.
Possui edificação em estilo gótico e em seu frontispício foi
colocada uma lápide cravando na memória ás futuras gerações, a grandeza do
reconhecimento e da fé a nossa Santa Mãe Guerreira.
(...)
Por Luzia Brito
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